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Hate Spectrum segue ganhando destaque com álbum Egotrip, turnê segue sendo realizada pelo Brasil

 

Hate Spectrum, banda do vocalista Eder Santana, lançou em dezembro o primeiro álbum de estúdio, Egotrip, com treze faixas autorais. O trabalho está disponível nas principais plataformas digitais e vem obtendo excelente retorno da crítica e público, como pode ser notado nos shows que a banda vem realizando este ano.

 

O álbum foi aclamado em vídeo do Cultura Pesada Canal. Um dos apresentadores, Dinho, comentou: “Egotrip foi um acerto enorme, um tom de death/thrash de forma inovadora. Acho que a Hate Spectrum traz um frescor para o estilo, que anda bem caído por aí. Mas nem só de death/thrash vive a Hate Spectrum, tem um tom modernoso, algo que tenciona o som para frente e faz com que não seja algo mais do mesmo.  A dinâmica que o Eder procurou colocar no som do Hate Spectrum imprime uma estética pouco vista nos sons que a gente encontra por aí. A pressão exercida a favor do som é um ponto que faz esse projeto ser muito relevante e diz muito sobre como as coisas devem ser feitas sem desperdícios, vícios de estilos e derivações. Em Egotrip, a gente encontra um Slayer misturado com Machine Head nas suas melhores fases. Não satisfeitos com essa mistura, a galera que compôs o Egotrip parece que, para buscar essa concepção, esse som, foi tentar encontrar raízes em coisas não tão antigas, acho que dá para enxergar um tom de algo parecido com os australianos do Descent, os finlandeses do Blastanus e os americanos do Hive, com um groove metal escorando todas essas referências. Além de colocar o Brasil mais uma vez no topo do cenário do metal, [Egotrip] traz esse frescor enorme que renova e imprime um som que agrada os fãs de todos os estilos do metal”.

 

O outro apresentador, Rodrigo, adiciona: “O Eder teve uma estratégia muito interessante, ele basicamente liberou um single por mês ao longo de um ano e empacotou tudo no Egotrip em dezembro, foi mais ou menos assim. Treze pancadas, a maior parte delas de até três minutos, o que acho fundamental para o álbum ter uma pressão absurda para cima do ouvinte; afinação lá embaixo. O cara é um baita vocalista, gosto muito da pressão que ele imprime, é muito preciso, inclusive nos ensaios ele parece uma máquina. O álbum abre com quatro sons, usei a mesma definição death/thrash, e diria eu, brutal death/thrash porque são quatro faixas ‘tá tá tá’ na tua cabeça, uma junção de Slayer com Deicide a milhão. Depois, o álbum varia muito, algumas faixas que remetem a um industrial do Fear Factory ali, algo de Death/Groove acho que Soulfly, talvez Machine Head lá. Vai ter uma faixa mais death/black, talvez no estilo Behemoth, e ele vai navegando por aí. O som de encerramento é muito improvável,  é tipo um symphonic metal com groove, meio industrial, a faixa mais interessante de todas, talvez um easter egg que ele tenha guardado para gente, quando você acha que o álbum se resolveu, o cara na última faixa ainda te puxa o tapete, e deixando apontamentos para o próximo álbum. Vale lembrar também o Eder como letrista, as próprias faixas e os títulos acho que apontam de modo preciso questões que ele quer tratar como ditadura, suicídio,  racismo, consumismo, e por aí vai. Então acho que basicamente essas são as referências que norteiam esse primeiro trabalho e acho que tem isso de ser o primeiro trabalho de um músico que estava engasgado com muita coisa, então é pressão para cima do ouvinte. Ouvindo faixa a faixa, você curte todas elas e ao final tem uma ótima audição de um projeto super fragmentado também. Cada faixa tem uma participação diferente, de [pessoas de] países diferentes. Lembrando que na faixa 11 tem a colaboração do Gerardo Techera, do Apneuma, do Uruguai”.

 

O Hate Spectrum também teve o álbum Egotrip indicado como um dos melhores álbuns de 2022 pela revista Roadie Crew, a mais respeitada publicação especializada em heavy metal da América Latina. A votação segue disponível no site oficial https://roadiecrew.com/quiz/melhores-de-2022.

 

A turnê do álbum Egotrip teve diversas datas durante o mês de janeiro. No dia 05 de fevereiro, é a vez do Rio de Janeiro conferir a banda em ação, no palco do Heavy N Beer, finalizando a primeira parte da divulgação do trabalho, depois de passarem por cidades como São Paulo, Campinas e Piracicaba. A banda faz parte da programação do evento Rock é Preto!, que conta com bandas com protagonismo negro: Além do Hate Spectrum, se apresentam NDR (hardcore), Limo (Rock), Huguenots (new metal) e a Trama (rapcore).

 

A entrada deste evento é gratuita, todavia, será possível fazer doações que serão repartidas entre as bandas do festival. A produtora soltou uma nota abordando a importância social do evento: “Devido a tanto preconceito que sofremos todos os dias, inclusive na cena rock, a Tomarock Produções orgulhosamente apresenta um evento repleto de representatividade negra! Rock É Preto! E sabemos muito bem que até isso nos foi tirado! Se para todo mundo que faz rock no Rio de Janeiro a caminhada é complicada, imagina para o músico roqueiro que é preto”.

 

Confira as redes sociais para mais informações sobre as atividades da banda @hatespectrum.

 

 

 

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