Música

Entrevista: Trio paulista SKID LIFE aposta em um Heavy/Thrash criativo com elementos de Doom Metal

Após um hiato de três anos o grupo paulista de Heavy/Thrash Metal Skid Life se reúne para gravar aquele que seria o sucessor do seu último álbum de estúdio “There’s No Peace” lançado no dia em 2017. O trio brasileiro composto por Anthony Juno no vocal e guitarra, Billie no baixo/vocal e Gar na bateria lança seu quinto álbum de estúdio “Awake”.

Nascendo das cinzas de um cenário pós-apocalíptico deixado pelo seu antecessor o novo álbum vem com uma temática de reconstrução e despertar em suas letras. Awake é o quinto álbum de estúdio da banda e conta com nove faixas inéditas mais uma faixa bônus. Escute o disco “Awake”:

O álbum está repleto de elementos de Doom Metal em sua composição e foi seguindo essa linha de som que o trio resolveu gravar a faixa “Children of the Grave” do Black Sabbath como bônus para essa obra.

“Awake” é o trabalho mais recente da banda até o presente momento. O álbum se encontra em todas as plataformas digitais e o grupo está se preparando para liberar novas datas de show para divulgar este disco.

Conversamos com a banda sobre suas influências musicais, planos futuros, trajetória, entre outras curiosidades. Confira!

De onde surgiu o nome “SKID LIFE”? R: O nome surgiu através do Nirvana que em seus primeiros dias havia se chamado Skid Row em algum momento e já que eles não usavam mais esse nome eu achei que seria uma ideia legal até porque o nome era muito bom, mas, acontece que eu fui pesquisar na internet e descobri que já existia um Skid Row e foi quando eu conheci e me tornei fã dessa banda. Como eu havia gostado da sonoridade do Skid eu resolvi manter e bolar algo a partir disso, aí ficou Skid Life que anos depois eu descobri que era uma gíria usada para esportes radicais praticados na neve e outros tipos. Mas basicamente o Skid significa deslizar/derrapar e eu trouxe para o português esse significado para formar o nome, ao nosso ponto de vista brasileiro seria Vida de Deslizes ou Vida Deslizante.

Como e onde surgiu a ideia de formação da banda? R: A ideia surgiu no colégio mesmo no ano de 2004 e a banda inicialmente foi criada para ser um Nirvana cover e assim foi durante o seu primeiro ano, mas depois de um tempo eu cheguei à conclusão de que queria fazer as minhas próprias músicas e as coisas tomaram um rumo diferente. Foi quando compus a primeira demo com 9 faixas e quando conheci o Billie e apresentei as músicas para ele a fim de trazer ele para a banda e aqui estamos até os dias de hoje.

A banda lançou um full álbum. Como foi a gravação e produção desse conteúdo? R: Esse nosso último trabalho foi uma experiência completamente diferente para nós pois pela primeira vez nós pudemos fechar um estúdio de gravação só para o Skid Life durante 17 dias e isso deu uma liberdade fora de sério para nós podermos gravar e produzir esse disco. Tivemos tempo para fazer as gravações sem precisar correr, deu pra acertar algumas composições que precisavam de um pouco mais de atenção, pra criar coisas novas que ainda não faziam parte das músicas. Em resumo, foi um dos processos de gravação mais bem feito que nós tivemos ao longo desses anos.

Quais são as principais influências musicais da banda? R: Nós bebemos de muitas fontes dentro do Rock e do Metal. Mas para citar alguns nomes nós gostamos muito do Metallica, Megadeth, Sepultura, Alice in Chains, Nirvana, Tad, Skid Row, Iron Maiden e tantas outras. No geral cada uma delas forma a nossa escola, cada um de nós tem um gosto musical bem distinto e isso faz com que o nosso som seja algo diferente.

A cena independente costuma não ser tão favorável às bandas underground. Quais as dificuldades que a banda já passou nesse cenário e quais as maiores motivações da banda? R: A maior dificuldade é a falta de espaço seja para tocar ou até mesmo nas mídias comuns como televisão e rádio que não dão a mínima para banda como nós. Aqui na nossa cidade São Paulo existem pouquíssimas casas de show que dão espaço para bandas de som autoral e a grande maioria do público em geral também não tem interesse por bandas novas. Isso com certeza é a maior dificuldade que a banda já passou e passa ainda. Agora sobre motivações, a maior delas é o amor que nós temos pelo nosso som, é isso o que nos mantém ensaiando, compondo, gravando, lançando material novo e por aí vai.

Como vocês enxergam a trajetória do Skid Life, conquistas e o amadurecimento desde o primeiro dia juntos até hoje? R: É uma grande evolução em todos os aspectos. Nós chegamos aqui no nosso pior estágio e estamos juntos evoluindo para a nossa melhor versão, no começo por exemplo tinha muita briga por tudo, hoje em dia é raro isso acontecer e se acontece é resolvido na mesma hora. Antes nós tínhamos diversas limitações e hoje em dia muita coisa melhorou em termos de equipamento, financeiro e etc. Hoje nós somos uma família, uma empresa, uma banda de verdade e isso é motivo de orgulho pra nós três.

Há previsão de algum novo material? R: Nós já estamos trabalhando nas músicas do nosso próximo álbum, mas por hora ainda não temos previsão de quando iremos gravar e lançar o mesmo.

A banda está com agenda de shows? Se tiver, fala pra gente onde será a próxima gig da banda. R: No momento nós não estamos com nenhuma data marcada pois estamos em processo de composição, mas assim que pintar alguma data nós iremos divulgar em nossas redes sociais.

Confira o clipe de “Waiting for Doom”: 

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