?”Mar Sem Fim” foi um iate brasileiro naufrago, que afundou e ficou congelado perto da ilha Rei George, Antártida, cerca de 1.200 quilômetros ao sul do extremo da América do Sul, em 07 de abril de 2012 . O iate que pertenceu ao famoso jornalista e empresário brasileiro João Lara Mesquita, era ocupado por quatro tripulantes que estavam filmando um documentário no largo da costa da Antártida quando o barco virou. Fortes ventos superiores a 100 quilômetros por hora tinham jogado o barco de um lado para o outro “como um peão em um rodeio” de acordo com um membro da tripulação.
Com sua embarcação presa no gelo, a tripulação passou um rádio para obter ajuda e foi recebida pela marinha chilena na base da Bahia Fildes, na Antártida. Todos os quatro pesquisadores foram finalmente resgatados, mas o mau tempo atrasou o processo por dois dias.
João Lara Mesquita, que também estava no iate, escreveu em seu blog:
“Então, com ventos fortes e ondas altas, o barco Frei veio até nós. Nossa evacuação foi épica. Ondas de mais de 1,5 metros e ventos de mais de 40 nós fez o barco saltar de um lado para outro, como um peão de rodeio. Quando chegou perto, cada um de nós … nos jogamos nos braços de três tripulantes chilenos. Felizmente tudo correu de forma segura.”
“Mar Sem Fim”, no entanto, não pôde ser resgatado. A água, perto do congelamento, que havia sido jogada sobre o navio se congelou e depois partiu o casco quando se expandiu. Este fenômeno é chamado de compressão, e é o que mais tarde foi determinante para o golpe final no casco do Mar Sem Fim, enviando-o para o fundo da baía rasa.
O barco estava a cerca de 30 pés de água, preservado e visível por cima, por um ano, até seu resgate no início de 2013.
Proprietário João Lara Mesquita conseguiu retornar ao local quando o clima colaborou, enviando mergulhadores que amarraram cordas fortes sob o casco e ligadas a boias em ambos os lados. As boias foram continuamente infladas, elevando lentamente o navio que tinha sido submerso por quase um ano. Uma vez que o navio foi à tona, foi rebocado de volta para a costa, onde os pesquisadores recuperaram seus equipamentos e o Mar Sem Fim.
O navio teria um seguro de R$ 700 mil no entanto, o casco violado e danos por ficar submergido por mais de 10 meses parecia indicar que o navio não poderia ser reparado.
A história é contado no livro “A SAGA DO MAR SEM FIM” de João Lara Mesquita, editora Escrituras.